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Charge por Mário Alberto do Lance!Net |
A mídia nacional destaca a renúncia de Ricardo Teixeira da
presidência da Confederação Brasileira de Futebol. Os grandes jornais,
sites, blogs e redes sociais repercutem a informação.
Não tenho dúvidas de que a saída de Teixeira é salutar. Qualquer um
que preside qualquer coisa por mais de 20 anos é, no mínimo, um vaidoso
contumaz que acredita ser imprescindível, nem que seja no cargo de
síndico do prédio. Sob este ponto de vista, perfeito. Teixeira saiu e
agora começa uma nova história.
Oh! Wait…
Como já passei dos 40, não me permito a doce ilusão de acreditar em
mudanças. Já lutei pelas “Diretas, Já!”, já passei pelo impeachment de
Collor de Mello, já fiz greves e deitei na rua para fechar o trânsito e
posso afirmar que faria tudo novamente. Mas – e há sempre um mas em
nossas vidas – a saída de Teixeira é a mera mudança de um cachorro,
porque as coleiras permanecem as mesmas. Isso sem falar que ele saiu
quando bem quis.
Claro que não sou um conformado, mas não faço festa com a renúncia de
Teixeira. Só acreditaria numa real punição se a grana que ele desviou
(ou juridicamente falando, teria sido desviada) fosse devolvida à CBF.
Do contrário, sua saída é apenas uma gorda aposentadoria, além da
abertura de mercado para um novo cachorro que usará dos mesmos meios
excusos (nepotismo, mal versação de recursos, evasão de divisas etc) que
levaram Teixeira à degola.
Por fim, torçamos todos para que o Brasil seja campeão na Copa de
2014. Se isso não acontecer haverá quem acreditará que se Teixeira não
tivesse saído, o Brasil teria logrado êxito na competição. E de
condenado, ainda teríamos que ler e ouvir alguém dizer: “se fosse com o
Teixeira, teria sido diferente”.
P.S.: Esse post foi escrito sob as bençãos de Raul Seixas e a lendária “Ouro de Tolo“.
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